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A família nuclear, composta de pai, mãe e filhos, é uma das muitas formas que a família pode adquirir.⠀
Nesse sentido, existem diferentes tipos de famílias:
- monoparentais;
- homoparentais;
- reunidas;
- adotivas;
- reconstituídas;
- extensas;
- uniões informais de casais sem documentos legais, com ou sem filhos sob seus cuidados.
De acordo com a Convenção sobre os Direitos da Criança (CDC), viver e crescer em família é um direito de todos os meninos e meninas.
Ainda, a CDC reconhece que as crianças devem crescer dentro da família, em um ambiente de felicidade, amor e compreensão para o desenvolvimento completo e harmonioso de sua personalidade.
Essas novas configurações familiares mostram que não existe um caminho único para gerar laços afetivos.
Dessa forma, mostram que a biologia não é o fator determinante para o crescimento saudável e desenvolvimento pleno do potencial.
O que define uma família, portanto, é que seja um grupo estável de pessoas que proteja, cuide e ajude a desenvolver as meninas e meninos, respeitando sua dignidade como pessoas.
Assim sendo, a família mantém suas funções: cuidado e proteção, independentemente do gênero, sexo ou consanguinidade dos adultos que exerçam esses papéis.
Além disso, é o ambiente em que meninas, meninos e adolescentes devem encontrar afeto, cuidado e proteção.
Cuidados com o récem-nascido
O crescimento saudável do recém-nascido é baseado no estabelecimento do vínculo confiável e estável do apego com os adultos mais próximos que cuidam dele.
O apego é um vínculo que vai se fortalecendo à medida que o bebê descobre que é cuidado e protegido com amor, que é entendido e que sempre que ele precisar de seus cuidadores, eles estarão lá.
Ainda, o apego é fundamental para o desenvolvimento saudável do bebê e bons resultados permanecerão por toda a vida.
Alguns pais e seus filhos se apaixonam à primeira vista.
Nesses casos, o objetivo é transformar essa paixão em um vínculo verdadeiro, estável e saudável.
Demora mais tempo para os outros se conhecerem. Você não ama uma nova pessoa assim que a vê.
Na verdade, esse é um vínculo que se desenvolve lentamente, seja a filha ou o filho biológico ou não.
Em ambos os casos, são vínculos que são construídos e fortalecidos ao longo do tempo.
Também, como qualquer relacionamento, requer a participação de ambas as partes, o bebê e o adulto, e de muita paciência.
Por fim, o apego não é alcançado apenas atendendo às suas necessidades físicas.
Também é essencial atender às suas necessidades emocionais.
O que a família deve fazer pelas crianças?
Existem situações potencialmente prejudiciais à saúde emocional de meninas e meninos que podem ser resolvidas com algum tipo de orientação.⠀
- A falta de amor, a indiferença ou falta de resposta afetiva ao seu redor.
- Pouca ou nenhuma atenção.
- Pouco ou nenhum estímulo.
- O excesso de estímulo.
- O clima familiar violento em relação ao bebê ou entre os outros membros da família.
- A depressão na família.
- A instabilidade, desordem e falta de rotinas.
Dessa forma, para serem felizes e saudáveis, os meninos e meninas não precisam de pais, mães ou cuidadores perfeitos, mas de adultos que os amem, os cuidem e que sejam capazes de:⠀
- Adiar suas próprias necessidades para satisfazer as do seu filho ou filha, quando for necessário.
- Transmitir muito amor com aconchego e segurança.
- Lembrar que os bebês vão crescendo e exigem atenção diferenciada dos adultos. Os primeiros anos de vida são os mais exigentes em termos de atenção e paciência e o tempo passa mais rápido do que os adultos acreditam!
- Estar perto quando necessário, e saber se afastar quando a criança pode fazer as coisas por si só.
- Entender, aceitar e valorizar a criança, sempre, mesmo com suas imperfeições.
Fonte: Crescer Juntos – UNICEF.